Samba de Coco é uma modalidade de coco encontrado no sertão pernambucano, especialmente no município de Arcoverde. Sua formação instrumental é composta por surdo, pandeiro, triângulo, ganzá e o tamanco citado por Cyro Almeida.
A cantiga é entoada por um coqueiro e por vozes que respondem ao refrão entre uma estrofe e outra. Em Arcoverde, se encontram duas expressividades de samba de coco: Samba de Coco Irmãs Lopes e o Samba de Coco Raízes de Arcoverde.
O Coco de Roda é outro estilo de coco. Ele é recorrente na beira mar do nordeste brasileiro e, dependendo do lugar ou do mestre, apresenta particularidades na composição instrumental, na estrutura poética e na maneira de dançar.
O Coco de Roda de dona Maria de Belchior, do município de Canguaretama é um exemplo que se apresenta com tocadores e cantadores acompanhados de ganzá e bomba. Ele se posicionam no centro da roda, que é formada por homens e mulheres com o papel de responder o coro e dançar. A composição poética é feita de versos, podendo ser improvisados ou de memória.
"Acredita-se que o Coco de Zambê é de origem africana. Ele possui uma formação e uma parte musical e instrumental exclusivamente do Rio Grande do Norte, que estão ligados ao engenho e às praias do estado", revela o integrante do Coco Maracajá.
Pescadores da Comunidade de Cabeceiras, litoral sul do Rio Grande do Norte, sob o comando do Mestre Geraldo, mantém vivos o uso dos instrumentos Zambê e Chama. A formação do Zambê é de homens que tocam, cantam e dançam.
Três deles ficam responsáveis pelos instrumentos percussivos: o zambê ou pau furado, a chama e uma lata. O canto é puxado por quem toca o zambê, e os dançarinos respondem ao coro.
Ainda existe o Coco de Ganzá, que na maioria das vezes, a exemplo dos Cantadores de viola e os Emboladores de Coco, é formado por duplas. Ele é ritmado pelo balanço do ganzá, em que o coqueiro elabora versos respondidos por outro.
A maior referência do Coco de ganzá no Rio Grande do Norte é o coqueiro potiguar Chico Antônio, nascido em 1904, na cidade de Pedro velho (RN).
Também recorrente no RN, o Bambelô, estilo de coco cantado e acompanhado por Pau furado, Chama e Ganzám, é uma dança circular, de formação mista, onde há destaque para um ou dois dançarinos que se movimentam no centro da roda.
A umbigada é o movimento característico deste estilo. Essa é uma das descrições mais usuais sobre o Bambelô e funciona para a troca dos integrantes do centro da roda.
Um dos grupos de Bambelô em Natal, o Massariquinho da Vila de Ponta Negra, do qual participam os Mestres Pedro e Mestre Severino, mantém a formação tradicional no que refere-se aos instrumentos e cantos. Já a composição da roda é apenas de mulheres.
Foram africanos ou índios?
"O que existem são especulações sobre a origem do coco. Alguns dizem que ele pode ter começado nas músicas de improviso entoadas durante as quebradeiras de coco. Tem também a tese de que ele tenha vindo com os africanos", conta Cyro Almeida.
Segundo ele, o que é conhecido é que a variedade de estilos do coco é muito grande. "O que estamos mostrando na coletânea é apenas uma parte de que tivemos contato", afirma o integrante do Coco Maracajá.
E Cyro Almeida explica que há semelhanças com o coco em hábitos de poços bem distantes do Brasil. Como exemplo, ele cita os esquimós, que empreendiam desafios quando queriam resolver algum problema.
"Dois esquimós começavam a xingar um ao outro em rimas e acompanhados de tambores", descreve. A informação, segundo Cyro, vem do ensaio que trata das variações sasonais dos esquimós, de Marcel Mauss.
Cyro Almeida é graduado em Ciências Sociais e atualmente faz mestrado em Antropologia. Pesquisa populações tradicionais na comunidade quilombola situada em Sibaúma, que fica próximo da praia de Pipa.
FONTE: NOMINUTO
A cantiga é entoada por um coqueiro e por vozes que respondem ao refrão entre uma estrofe e outra. Em Arcoverde, se encontram duas expressividades de samba de coco: Samba de Coco Irmãs Lopes e o Samba de Coco Raízes de Arcoverde.
O Coco de Roda é outro estilo de coco. Ele é recorrente na beira mar do nordeste brasileiro e, dependendo do lugar ou do mestre, apresenta particularidades na composição instrumental, na estrutura poética e na maneira de dançar.
O Coco de Roda de dona Maria de Belchior, do município de Canguaretama é um exemplo que se apresenta com tocadores e cantadores acompanhados de ganzá e bomba. Ele se posicionam no centro da roda, que é formada por homens e mulheres com o papel de responder o coro e dançar. A composição poética é feita de versos, podendo ser improvisados ou de memória.
"Acredita-se que o Coco de Zambê é de origem africana. Ele possui uma formação e uma parte musical e instrumental exclusivamente do Rio Grande do Norte, que estão ligados ao engenho e às praias do estado", revela o integrante do Coco Maracajá.
Pescadores da Comunidade de Cabeceiras, litoral sul do Rio Grande do Norte, sob o comando do Mestre Geraldo, mantém vivos o uso dos instrumentos Zambê e Chama. A formação do Zambê é de homens que tocam, cantam e dançam.
Três deles ficam responsáveis pelos instrumentos percussivos: o zambê ou pau furado, a chama e uma lata. O canto é puxado por quem toca o zambê, e os dançarinos respondem ao coro.
Ainda existe o Coco de Ganzá, que na maioria das vezes, a exemplo dos Cantadores de viola e os Emboladores de Coco, é formado por duplas. Ele é ritmado pelo balanço do ganzá, em que o coqueiro elabora versos respondidos por outro.
A maior referência do Coco de ganzá no Rio Grande do Norte é o coqueiro potiguar Chico Antônio, nascido em 1904, na cidade de Pedro velho (RN).
Também recorrente no RN, o Bambelô, estilo de coco cantado e acompanhado por Pau furado, Chama e Ganzám, é uma dança circular, de formação mista, onde há destaque para um ou dois dançarinos que se movimentam no centro da roda.
A umbigada é o movimento característico deste estilo. Essa é uma das descrições mais usuais sobre o Bambelô e funciona para a troca dos integrantes do centro da roda.
Um dos grupos de Bambelô em Natal, o Massariquinho da Vila de Ponta Negra, do qual participam os Mestres Pedro e Mestre Severino, mantém a formação tradicional no que refere-se aos instrumentos e cantos. Já a composição da roda é apenas de mulheres.
Foram africanos ou índios?
"O que existem são especulações sobre a origem do coco. Alguns dizem que ele pode ter começado nas músicas de improviso entoadas durante as quebradeiras de coco. Tem também a tese de que ele tenha vindo com os africanos", conta Cyro Almeida.
Segundo ele, o que é conhecido é que a variedade de estilos do coco é muito grande. "O que estamos mostrando na coletânea é apenas uma parte de que tivemos contato", afirma o integrante do Coco Maracajá.
E Cyro Almeida explica que há semelhanças com o coco em hábitos de poços bem distantes do Brasil. Como exemplo, ele cita os esquimós, que empreendiam desafios quando queriam resolver algum problema.
"Dois esquimós começavam a xingar um ao outro em rimas e acompanhados de tambores", descreve. A informação, segundo Cyro, vem do ensaio que trata das variações sasonais dos esquimós, de Marcel Mauss.
Cyro Almeida é graduado em Ciências Sociais e atualmente faz mestrado em Antropologia. Pesquisa populações tradicionais na comunidade quilombola situada em Sibaúma, que fica próximo da praia de Pipa.
FONTE: NOMINUTO
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